Agência AFP
BOGOTÁ - O mais importante líder paramilitar colombiano, Vicente Castaño, teria sido assassinado por seus próprios companheiros, enquanto fugia das autoridades após se afastar das negociações de paz com o governo.
As informações, publicadas nesta quinta-feira, são da revista colombiana "Cambio", citando dois relatórios do serviço de inteligência.
A revista assinala que um dos informes foi elaborado pelo Departamento Administrativo de Segurança (DAS) para rebater as afirmações do ex-vice-presidente da Venezuela, José Vicente Rangel que, em agosto, afirmou que Castaño morreu em território venezuelano, próximo da fronteira com a Colômbia.
Nesse informe, enviado à Promotoria pelo DAS, o organismo assinala que o corpo de Castaño foi lançado no rio Cauca, no noroeste da Colômbia, logo após ser assassinado em meio a disputas internas com outros líderes de direita.
O outro documento citado pela "Cambio" assegura que Castaño teria morrido "em 17 de março de 2007 em uma propriedade localizada entre os municípios de Nechí, Antioquia e Ayapel", no departamento de Córdoba, no norte do país.
As informações seriam de uma testemunha classificada pela DAS como de "alta credibilidade".
Castaño está desaparecido desde agosto de 2006, quando não atendeu a uma ordem de se transferir para uma prisão, em meio às negociações de paz iniciadas pelo presidente Alvaro Uribe e que levaram - segundo o governo - à desmobilização de quase 32.000 combatentes.
Além das acusações por narcotráfico nos Estados Unidos, Vicente Castaño é considerado o responsável pelo assassinato do irmão, Carlos, líder das forças paramilitares Autodefesa Unidas da Colômbia (AUC).