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Israel está prestes a fazer megaoperação em Gaza, diz ministro

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REUTERS

JERUSALÉM - Israel 'aproxima-se' de realizar uma grande operação militar na Faixa de Gaza a fim de responder aos ataques com foguete realizados por palestinos, afirmou na quarta-feira o ministro de Defesa do país, Ehud Barak.

Mas, segundo Barak, essa eventual operação não deve ser 'simples' em termos de número de soldados envolvidos e prazo de duração.

Em novos ataques realizados na quarta-feira, militantes do território controlado pelo Hamas disseram ter disparado mais de 12 foguetes contra a cidade de Sderot (sul de Israel).

Os israelenses responderam com um ataque aéreo contra dois lançadores e enviaram soldados para dentro da Faixa de Gaza em uma operação descrita por moradores da área como uma incursão limitada à região próxima da fronteira. Não foram registradas baixas de nenhum dos dois lados.

- Estamos nos aproximando de realizar uma grande operação na Faixa de Gaza, e isso devido a muitos fatos que ocorreram nas últimas semanas - disse Barak à Rádio do Exército de Israel.

O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, encontra-se sob pressão dos moradores de Sderot e de político direitistas para ordenar uma operação terrestre maciça na Faixa de Gaza.

Mas vários dos membros do gabinete de governo do país advertiram que uma campanha do tipo pode provocar pesadas baixas entre as forças israelenses e os palestinos na densamente povoada região costeira, lar de 1,5 milhão de pessoas.

- Precisamos deixar claro que uma operação desse tipo não é simples, nem em termos do número de soldados envolvidos, nem do tempo que ficaremos lá e nem em termos de dificuldades operacionais com que os soldados vão se deparar - disse Barak.

Uma operação militar de Israel dentro da Faixa de Gaza nas próximas semanas poderia também complicar os planos para uma conferência de paz sobre o Oriente Médio patrocinada pelos EUA e prevista para ocorrer em novembro, na região de Washington.

Na semana passada, Israel declarou a Faixa de Gaza uma 'entidade inimiga' como resposta aos frequentes disparos de foguete -- que raramente deixam mortos, mas que possuem um forte impacto sobre a vida dos que moram na área de fronteira -- e afirmou que reduziria o suprimento de combustível e de energia elétrica para o território.

O país ainda não adotou tais medidas, as quais, segundo autoridades da Organização das Nações Unidas (ONU) e grupos de defesa dos direitos humanos, seriam ilegais em vista das leis internacionais relativas a territórios ocupados.

Israel retirou seus soldados e colonos da Faixa de Gaza em 2005 após 38 anos de ocupação.

Os palestinos, porém, afirmam que o território continua na prática sob ocupação porque o governo israelense controla as fronteiras dele, o suprimento de água dele e o espaço aéreo dele.