Agência EFE
LISBOA - Os 27 países da União Européia e 12 do sul do Mediterrâneo iniciaram nesta segunda uma reunião de dois dias para promover a cooperação e aprofundar o diálogo sobre uma série de problemas, que vão desde o Oriente Médio até a imigração e o terrorismo.
A Conferência Euro-Mediterrânea de Lisboa termina nesta terça-feira, após duas sessões de trabalho e várias reuniões bilaterais. Os mais de 40 ministros e autoridades abriram formalmente o encontro às 18h30 (de Brasília), com um jantar de trabalho que teve como tema central o processo de paz do Oriente Médio.
O Alto Representante de Política Externa e de Segurança Comum da União Européia, Javier Solana, e a comissária européia de Relações Exteriores, Benita Ferrero-Waldner, se mostraram otimistas diante da conferência de paz em Annapolis (Estados Unidos).
Antes do jantar, houve reuniões bilaterais da UE com a União do Magrebe Árabe (UMA), a Autoridade Nacional Palestina, Israel e o conjunto dos países árabes. Os encontros foram "importantes", segundo a comissária, para examinar, entre outros temas, as perspectivas do processo de paz e os seus desafios.
Os representantes da UE e da UMA (Argélia, Líbia, Marrocos, Mauritânia e Tunísia) informaram que há vontade política para aprofundar relações e buscar objetivos concretos em áreas como comércio, desenvolvimento e financiamento.
Também participam do encontro Síria, Líbano, Israel, Autoridade Nacional Palestina, Turquia, Egito e Jordânia.
O ministro de Relações Exteriores de Portugal, Luis Amado, cujo país exerce a Presidência da UE neste semestre, comemorou a retomada do diálogo com a UMA, após reconhecer a "passividade" da organização norte-africana no passado.
Na conferência de Lisboa, a UE quer aumentar o diálogo entre as duas margens do Mediterrâneo, aumentar o investimento e melhorar a situação da mulher na região, avançar na aplicação de um código contra o terrorismo e conversar sobre questões como o Oriente Médio e a imigração.