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Damas de Branco pedem 'posições enfáticas' sobre presos em Cuba

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Agência EFE

HAVANA - As Damas de Branco, movimento que reúne mulheres das famílias de 75 opositores condenados em 2003 em Cuba, pediram aos governantes que participarão da Cúpula Ibero-Americana, em Santiago do Chile, que "adotem posições mais enfáticas" em relação à situação dos presos políticos no seu país.

Em mensagem aos Chefes de Estado e Governo da Cúpula, as Damas de Branco lembraram que "as autoridades do Governo cubano, em 16 Conferências Ibero-americanas, assinando os documentos correspondentes, se comprometeram a fazer progredir os direitos humanos e a democracia no país".

A Cúpula Ibero-Americana vai de 8 a 10 de novembro. Deverão comparecer 22 Chefes de Estado e de Governo e representantes de 22 países.

- Se os dignatários cubanos desejam demonstrar avanços de acordo com seus compromissos internacionais, devem libertar todos os prisioneiros de consciência e políticos -, pediram.

Elas reivindicaram que os participantes da Cúpula "se dirijam ao Governo de Cuba, a fim de retificar as injustiças cometidas quando 75 pacíficos cubanos foram levados à prisão, e em juízos sumaríssimos condenados a até 28 anos de prisão".

Atualmente, acrescentaram, 59 deles permanecem em condições ignominiosas de prisão, sob a tortura física da aglomeração, o estresse, a convivência com presos comuns de alta periculosidade e o tratamento médico inadequado. A maioria sofre de sérias doenças, denunciaram.

- Apelamos a Suas Excelências para que adotem posições mais enfáticas sobre um assunto tão sensível. São pessoas indefesas, injustamente seqüestradas nas prisões de Cuba -, ressaltaram.

Desde 31 de julho de 2006, com a séria doença do presidente cubano Fidel Castro e a transferência provisória de poder, opinaram, "Cuba atravessa uma situação única em quase 50 anos".

- No entanto, não houve mudanças significativas. Muito menos se modificou a situação nas prisões para os presos de consciência, políticos, e inclusive comuns -, afirmaram.

As mulheres também denunciaram que "continuam sem aplicação as Regras Mínimas de Tratamento de Prisioneiros da ONU", e as autoridades "não permitem a entrada de prestigiosas organizações como a Cruz Vermelha Internacional".

- Dizem que a quantidade de presos políticos diminuiu. Mas isso não se deveu a uma modificação das medidas aplicadas, e sim ao cumprimento de penas -, denunciaram, estimando que atualmente existam cerca de 250 presos políticos em Cuba.