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Representantes do MTE participam de encontro no Timor Leste

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JB Online

RIO - Dois representantes do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) estão no Timor Leste, país que entrou em estado de emergência por 48 horas e onde foi instituído o toque de recolher depois das tentativas de assassinato do presidente, Ramos Horta, e do primeiro-ministro Xanana Gusmão.

De acordo com informações da assessoria do Ministério, o Secretário-Executivo, André Figueiredo, e o chefe da Assessoria de Internacional, Pedro Amaral, participavam da 8ª Reunião de Ministros de Trabalho e dos Assuntos Sociais da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que começou em 9 de fevereiro e deveria se estender até 13 de fevereiro, quarta-feira, na capital Díli.

Figueiredo e Amaral estão no único hotel da capital timorense, localizado em frente a uma zona portuária e ao lado de um campo de refugiados. Eles tentaram antecipar o retorno para o Brasil, mas as companhias aéreas não disponibilizam vôos extras. A volta ao país dos dois brasileiros está marcada para o próximo dia 13.

Figueiredo destacou que o clima no hotel ainda é de tranqüilidade e que há a intenção de dar continuidade à programação do encontro, incluindo aí uma declaração de repúdio aos últimos acontecimentos.

O secretário-executivo acrescentou que o hotel foi fechado logo após a determinação de toque de recolher e as ruas próximas a ele são vigiadas por forças portuguesas da Organização das Nações Unidas (ONU).

Segundo informações de agências internacionais, o presidente Horta, que ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1996, foi ferido no estômago em um ataque comandado pelo líder rebelde Alfredo Reinaldo, que acabou sendo morto pela guarda presidencial.

Reinaldo é ex-comandante da Polícia Militar e do Componente Naval das Forças de Defesa do Timor Leste e apontado como o responsável pela convulsão social ocorrida em Dili entre abril e maio de 2006, que matou 37 pessoas e desalojou 155 mil.

Um dia antes da tentativa de assassinato, os representantes dos países que participam da reunião internacional estiveram na residência onde Horta foi atingido.