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Berlusconi promete vigiar fronteiras contra 'exército do mal'

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REUTERS

ROMA - O italiano Silvio Berlusconi prometeu nesta terça-feira usar a sua expressiva vitória eleitoral para realizar reformas econômicas e conter a imigração ilegal, de modo a impedir a entrada de estrangeiros que possam cometer crimes, o que ele chamou de 'exército do mal'.

O bilionário conservador de 71 anos foi eleito na votação de domingo e segunda-feira para governar a Itália pela terceira vez. Para isso, porém, ele precisa montar uma coalizão com o partido xenófobo Liga Norte, que teve cerca de 8 por cento dos votos.

Em declarações que devem agradar em cheio à Liga Norte, ele acenou com medidas duras contra a criminalidade, que muitos italianos atribuem à imigração ilegal. Prometeu também ajuda à empresa aérea Alitalia e medidas contra a 'crise do lixo' em Nápoles.

- Uma das primeiras coisas a fazer é fechar as fronteiras e estabelecer mais campos para identificar cidadãos estrangeiros que não têm empregos e são forçados a uma vida de crime - disse Berlusconi em entrevista pela TV.

- Segundo, precisamos de mais polícia local, formando um 'exército do bem' nas praças e ruas para se interpor entre o povo italiano e o exército do mal - afirmou.

Os resultados preliminares mostram que a Liga Norte será a terceira maior força do Parlamento, atrás do Povo da Liberdade (de Berlusconi) e do Partido Democrático (centro-esquerda).

O líder da Liga, Umberto Bossi, disse ao jornal La Stampa que o governo deve reformar o sistema tributário e reprimir a imigração ilegal, ou do contrário enfrentará a ira da sua bancada.

- Agora precisamos fazer reformas, ou vamos perder a paciência - alertou.

Os grandes derrotados do pleito foram os partidos de extrema esquerda, que pela primeira vez na história recente da Itália não terão representação parlamentar.

- O Muro de Berlim agora caiu na Itália também - celebrou Roberto Maroni, da Liga Norte.