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Bush pede ao Congresso que aprove verba contra o narcotráfico mexicano

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Agência EFE

WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, pediu nesta segunda-feira ao Congresso para aprovar em breve a Iniciativa Mérida de US$ 1,4 bilhão para ajudar a combater o narcotráfico e o crime organizado no México e na América Central.

- O Congresso tem a oportunidade de enviar uma forte mensagem de que vamos financiar plenamente o programa dentro de um projeto de despesas suplementares - disse.

O chefe da Casa Branca fez o pedido ao concluir uma reunião bilateral com seu colega mexicano, Felipe Calderón, no marco da quarta cúpula da Aliança para a Segurança e Prosperidade da América do Norte (Aspan), a última de Bush.

- Penso que está em nossos interesses financiar a iniciativa conjunta. Temos que trabalhar duro para garantir a redução do uso das drogas e ao mesmo tempo um trabalho coordenado para derrotar esses narcotraficantes - apontou.

Por sua vez, Calderón também destacou a importância de que ambos os países apresentem uma frente unida "perante o inimigo comum" que representa o crime organizado.

Bush elogiou a liderança do líder mexicano na luta contra o narcotráfico e reconheceu que os EUA devem fazer mais para combater o incessante tráfico ilegal de armas para a nação vizinha e que contribuiu para a violência gerada pelo narcotráfico.

No ano passado registrou-se um total de 2.700 assassinatos no México relacionados com o tráfico de entorpecentes.

Durante a reunião - o primeiro tête-à-tête de ambos desde a cúpula no Canadá no ano passado -, Bush e Calderón abordaram vários temas da agenda bilateral que, além da Iniciativa Mérida, incluíram a segurança fronteiriça e o fortalecimento do comércio.

Ao lado das bandeiras dos EUA e do México, ambos fizeram uma ferrenha defesa ao Tratado de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta), lançado em janeiro de 1994 e que, segundo Bush, beneficiou a ambos os países.

Calderón assegurou que graças ao pacto trilateral o comércio aumentou, o que por sua vez ajudou a gerar empregos de todos os lados da fronteira e a diminuir a emigração de mexicanos rumo ao Norte.

No entanto, o livre-comércio e o Nafta se encontram sob os refletores da disputa eleitoral nos EUA, onde - em meio a incerteza econômica - os aspirantes presidenciais democratas deixaram aberta a possibilidade de renegociá-lo caso ganhem em novembro.