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HARGEISA, SOMÁLIA - Uma onda de explosões suicidas matou pelo menos 28 pessoas no norte da Somália, nesta quarta-feira, em ataques que roubaram a atenção de uma reunião entre chefes de Estado para discutir o crise política no país no vizinho Quênia.
As cinco explosões sincronizadas mataram 25 pessoas em Hargeisa e outras três em Bosasso.
Nenhum grupo assumiu imediatamente a responsabilidade pelos ataques. No entanto, nos últimos meses, rebeldes islâmicos entraram em conflito com o governo interino no oeste da Somália, enquanto seus aliados etíopes também promoveram ataques em resposta aos esforços internacionais de encerrar o distúrbio no país africano.
As bombas explodiram enquanto líderes do governo interino se reuniam em Nairóbi com chefes de Estado da região para conversações sobre o conflito. A administração de quatro anos tem sido pressionada para resolver o caos e dividir o poder com figuras moderadoras da oposição.
Washington, e seu aliado próximo na região, Etiópia, disseram que os islâmicos da Somália estão ligado à Al Qaeda de Osama bin Laden.
- Este é um trabalho comum de terroristas que tentam criar instabilidade. Eu garanto que isso não ficará assim. Eles serão levados à Justiça - disse o ministro das Relações Exteriores da Etiópia, Seyom Mesfin, a jornalistas.
Em Hargeisa, região afetada da Somália, testemunhas disseram que três ataques aconteceram no escritório do presidente, no complexo da Organização das Nações Unidas (ONU) e na embaixada da Etiópia.
O jornalista Ali Jama Mohame estava passando pelo escritório da presidência quando um carro se chocou contra as portas.
- Houve uma grande explosão e eu vi muitas pessoas, a maioria pedestres e alguns guardas de segurança, caídos no chão. Alguns estavam mortos e outros feridos - disse Mohamed à Reuters.