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GAZA - Os grupos palestinos armados na Faixa de Gaza interromperam por 24 horas o lançamento de foguetes contra Israel, atendendo a pedidos dos mediadores egípcios, informou uma importante autoridade do Hamas nesta segunda-feira.
Ayman Taha disse que o breve cessar-fogo entrou em vigor na noite de domingo. Ele disse que o Hamas deve considerar uma trégua mais longa caso Israel também cesse todos os ataques militares em Gaza, além de suspender o embargo ao território, que é bastante pobre.
- O Hamas e outras facções concordaram em dar uma chance à mediação egípcia e mostrar que o problema sempre esteve no lado de Israel - disse Taha à Reuters.
- Se tivesse havido uma nova oferta (de trégua) que atendesse às nossas demandas, então poderíamos tê-la estudado - disse.
Questionado sobre as declarações de Taha, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Egito disse que 'não são verdadeiras'. Autoridades do governo israelense não estavam disponíveis para comentar o assunto.
O porta-voz do Exército israelense disse que, na noite de domingo, os palestinos em Gaza lançaram pelo menos um foguete e quatro morteiros contra Israel.
Uma trégua de seis meses acabou na sexta-feira, com um aumento nos incidentes na fronteira. Israel disse que uma ofensiva mais ampla está sendo preparada, e os principais candidatos à sucessão do primeiro-ministro Ehud Olmert na eleição de 10 de fevereiro prometem derrubar o Hamas se forem os escolhidos.
Mas um membro do gabinete de segurança questionou a eficácia de longo prazo de uma ação militar no miserável e superpopuloso território litorâneo, e que uma nova trégua, depois da que foi mediada pelo Egito, poderia ser uma opção.
- A calma, naturalmente, é uma alternativa, e é uma alternativa que pode ser seriamente examinada. Eu, como muitos dos meus colegas, estou pronto para considerar a continuação da calma, nos termos que forem confortáveis para Israel - disse o ministro do Bem-Estar, Isaac Herzog, à Rádio Israel.
Durante a trégua, o Hamas acusou Israel de má-fé por manter fechados os acessos a Gaza, causando dificuldades aos 1,5 milhão de habitantes.
Israel diz que fechou a fronteira, interrompendo os fluxos comerciais e humanitários, devido a ameaças de ataque contra seu território. Muitos israelenses se mostraram indignados pela falta de avanços, durante a trégua, nas negociações para a devolução de um soldado sequestrado em Gaza.
Desde o fim da trégua, dezenas de morteiros e foguetes de curto alcance, a maioria de propriedade do grupo Jihad Islâmica, foram disparados de Gaza contra Israel. No fim de semana, um bombardeio israelense matou um militante palestino.