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G-20: centro financeiro de Londres se torna alvo

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Jornal do Brasil

DA REDAÇÃO - Apesar da enorme operação de segurança planejada há várias semanas em antecipação à reunião de cúpula do G-20, em Londres, milhares de anarquistas, anticapitalistas e ativistas, muitos deles usando máscaras, juntaram-se na City, centro financeiro da capital britânica, para protestar o evento e condenar o que consideram um sistema econômico que só beneficia poucos em detrimento da maioria do planeta.

A polícia metropolitana investiu aproximadamente R$ 25,9 milhões na operação de segurança da cidade, que recebeu o codinome Glencoe, e cancelou as folgas de todos os policiais durante os dois dias, para tentar evitar distúrbios durante a reunião.

Segundo a polícia, um manifestante morreu após sofrer uma parada respiratória e desmaiar durante um dos protestos.

O clima ficou tenso em frente ao Banco da Inglaterra, banco central britânico, onde concentraram-se mais de 5 mil pessoas vindas de quatro pontos da cidade para participar da principal manifestação de quarta-feira, apelidada de G-20 Meltdown, em alusão à catástrofe que resulta da fusão de um reator nuclear.

Vigiados por milhares de policiais e escoltados por quatro cavaleiros do Apocalipse em papel machê, representando crimes financeiros, a guerra, a mudança climática e a falta de moradia, os manifestantes atiraram frutas e ovos contra os policiais, picharam muros e atearam fogo em um boneco, pendurado a um poste, que representava um banqueiro.

Estas ruas, nossas ruas! Estes bancos, nossos bancos! gritavam os manifestantes, que também atiraram bombas de tinta contra a polícia.

Um grupo chegou a invadir o edifício do Royal Bank of Scotland (RBS), também na City, depredou três vidraças e jogou uma impressora e uma cadeira na rua, no que descreveram como um ato simbólico contra os banqueiros, aos quais responsabilizam pela crise.

Em nota, o RBS disse estar ciente da violência diante da sua agência e afirmou que já tomou a medida de precaução de fechar outras filiais em Londres.

Pelo menos 32 manifestantes foram detidos pela polícia e 11 foram presos por vestirem uniformes falsos de polícia.

Muitas empresas e bancos com sede na City instruíram seus funcionários a vestir roupas mais casuais e a não usar ternos, já que pessoas de gravatas eram potenciais alvos dos manifestantes.

Também houve protestos de grupos pacifistas em frente à Embaixada dos Estados Unidos e na praça Trafalgar, no centro da cidade, além de manifestações de outros grupos, como ambientalistas e anarquistas.

Quinta-feira, espera-se que as manifestações se concentrem principalmente em frente ao Excel Centre no leste da cidade, onde está o centro

de conferência que vai abrigar a reunião de representantes dos 20 países do grupo.