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Economista brasileiro é encontrado morto no monte Mulanje

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Jornal do Brasil

DA REDAÇÃO - Depois de 19 dias de aflição e esperança, nesta quarta-feira o economista carioca Gabriel Buchmann foi encontrado morto no monte Mulanje, no Maláui, na África.

O economista de 28 anos desapareceu no dia 17 de julho quando escalava uma montanha. Ele fazia uma viagem pelo mundo, na qual pretendia estudar a pobreza e encontrar formas de diminuir a desigualdade

Apesar de a notícia ter chegado à tarde, até à noite desta quarta, a família não tinha muitas informações sobre condições em que o corpo foi encontrado ou mesmo procedimentos que deveriam ser tomados.

A gente não tem muita informação. Parece que só amanhã o corpo será levado à base da montanha, já que é madrugada lá contou a prima Amanda Buchmann ao JB.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, o corpo de Buchmann será sendo levado para a sede do Mulanje Mountain Conservation Trust, para ser submetido a autópsia. Somente depois dos exames para descobrir o que levou o brasileiro à morte, o corpo deve ser encaminhado ao Brasil, para que a família possa dar início ao funeral.

Segundo parentes, o rapaz foi visto pela última vez por um guia turístico quando escalava o Mulanje, que fica em um parque florestal.

As buscas vinham sendo feitas por profissionais locais e um grupo de 12 bombeiros do Rio, sendo quatro oficiais e oito soldados. O trabalho da equipe foi acompanhado pela namorada do economista, Cristina Reis, que viajou no fim do mês passado para a região.

A mãe de Gabriel, Maria de Fátima Buchmann, disse que já havia gastado US$ 25 mil com passagens da equipe de profissionais do American Rescue Team International, núcleo canadense formado para atuar no terremoto da Cidade do México em 1985 e especializado no salvamentos de vítimas de desastres naturais, desabamentos, explosões, acidentes aéreos e naufrágios. Os custos do traslado para o Brasil também ficarão sob responsabilidade da família, segundo o Itamaraty.

Apoio

Desde o desaparecimento de Buchmann, amigos e parentes criaram páginas na internet e perfis em redes sociais como o Twitter para ajudar na divulgação das notícias de buscas e arrecadar fundos.

Nesta quarta-feira, a página de recados do economista no Orkut e o blog Ajude Gabriel Buchmann recebeu comentários solidários, depois de divulgar a notícia da localização do corpo, que dizia:

É a hora do Adeus. É com muita dor que lhes damos a notícia de que Gabriel, nosso amigo, filho, neto, parente, irmão de sangue e de vida nos deixou .

O economista estava viajando desde julho de 2008. Como preparação para um doutorado sobre políticas públicas, percorreu 26 países da Ásia, África e Oriente Médio.