Agência AFP
WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta segunda-feira a sua intenção de lutar contra a evasão escolar, se for necessário demitindo profissionais ou fechando os estabelecimentos de ensino com pior desempenho.
Lembrando que "a cada ano, mais de um milhão (de norte-americanos) não chegam ao final do colégio, quase um em cada três", e "mais da metade são negros ou hispânicos", Obama ressaltou que a situação econômica atual, com uma taxa de desemprego oficial de 9,7%, deixa pouco espaço para os não diplomados que chegam ao mercado de trabalho.
"É certo que há não muito tempo era possível abandonar a escola e ter motivos para esperar encontrar um emprego que permitisse pagar as contas e sustentar uma família. Isso já não é assim", assegurou, ao lado do ex-secretário de Estado Colin Powell, fundador de uma organização que luta contra o fracasso escolar.
Para inverter a tendência e combater os males sociais que a acompanham, Obama manifestou o seu desejo de ajudar os estados norte-americanos, responsáveis pela gestão das escolas, a identificar os 5.000 estabelecimentos com pior desempenho do país.
"Vamos investir 900 milhões de dólares em estratégias para aumentar as taxas de êxito", prometeu o presidente, mencionando a substituição de diretores dos estabelecimentos e o fechamento parcial ou definitivo de escolas.
"Substituir os profissionais seria apenas uma solução de última instância", ressaltou o presidente, que disse respeitar os professores que "trabalham duro por nossas crianças".