Renata Giraldi, Agência Brasil
BRASÍLIA - A reintegração de Honduras à Organização dos Estados Americanos (OEA) depende do estabelecimento de condições para que o ex-presidente hondurenho Manuel Zelaya retorne à vida política, disse hoje (28) o assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia.
Um bom termômetro disso seria que Honduras receba Zelaya com todas as garantias para que possa ter uma vida normal, exercer uma atividade política. Se ocorrer isso, será um bom precedente , disse Garcia, lembrando que o ex-presidente vive atualmente na República Dominicana.
O assunto será tema de uma sessão extraordinária da OEA na sexta-feira (30), em Washington, nos Estados Unidos.
No entanto, Garcia afirmou que existem questões que levantam dúvidas sobre a estabilidade política em Honduras. As informações que chegam não são animadoras. O próprio presidente [Porfírio Pepe] Lobo disse que estava ameaçado de um golpe de Estado .
Na sexta-feira (28), uma comissão de alto nível da OEA apresentará a conclusão da análise sobre as condições políticas e jurídicas de Honduras, feitas depois da série de denúncias deflagradas a partir da deposição de Zelaya. Há acusações envolvendo violações de direitos humanos, agressões, desrespeito à independência e autonomia das instituições, entre outras denúncias.