Depois de fecharem um acordo de paz, em agosto, os presidentes da Colômbia, Juan Manuel Santos, e da Venezuela, Hugo Chávez, terão um novo encontro em outubro. Santos elogiou as eleições parlamentares realizadas no último domingo (26) na Venezuela, que abriram espaço para a oposição no país, embora Chávez ainda mantenha mais de 90 cadeiras entre as 165 da Assembleia Nacional.
“Nós saudamos, com paz e emoção, que tenha ocorrido um processo democrático na Venezuela", disse Santos, ao se referir às eleições parlamentares, no encerramento do Congresso da Associação Colombiana de Indústrias de Micro, Pequenas e Médias Empresas (Collection). Dos 17,7 milhões de eleitores cadastrados para votar na Venezuela, mais de 66,4% foram às urnas. Como o voto não é obrigatório no país, as autoridades afirmaram que o percentual é considerado um recorde em comparação a eleições anteriores.
Logo depois que assumiu o governo, em 7 de agosto, Santos se reuniu com Chávez, na Venezuela, na busca por um acordo de paz entre os dois países. Os presidentes definiram a criação de grupos de trabalho para setores específicos – segurança, área social, economia e relações diplomáticas.
As negociações entre Santos e Chávez foram comemoradas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os demais presidentes da região. Havia um temor de que o agravamento da crise causada por suspeitas de que Chávez acobertasse a ação das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) no território da Venezuela. O presidente venezuelano negou as acusações.
Para Santos, estão em processo de avanço as negociações sobre a renegociação das dívidas para os exportadores colombianos e medidas relativas a exportações para os dois países. "Quero anunciar que vamos mais longe [nas negociações com a Venezuela]. Em outubro, vamos atender de bom grado ao convite do presidente Chávez para ir até o território venezuelano”, disse Santos.
As informações são da Presidência da República da Colômbia. “Estamos trabalhando em um Acordo de Complementação Econômica para substituir as normas da Comunidade Andina, que perderá a validade em abril do próximo ano”, ressaltou Santos.