O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, afirmou a jornalistas nesta quinta-feira, durante uma visita à Suécia, que é contra a ideia de fornecer armas aos rebeldes líbios.
"Nós estamos lá para proteger o povo líbio, não para armar o povo", declarou Rasmussen. "Até onde a Otan sabe, e eu falo em nome da Otan, vamos nos concentrar no controle do embargo de armas e o objetivo claro de um embargo de armas é interromper o seu fluxo no país", completou.
Líbia: de protestos contra Kadafi a guerra civil e intervenção internacional
Motivados pela onda de protestos que levaram à queda os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em meados de fevereiro para contestar o líder Muammar Kadafi, no comando do país desde a revolução de 1969. Mais de um mês depois, no entanto, os protestos evoluíram para uma guerra civil que cindiu a Líbia em batalhas pelo controle de cidades estratégicas.
A violência dos confrontos entre as forças de Kadafi e a resistência rebelde, durante os quais milhares morreram e multidões fugiram do país, gerou a reação da comunidade internacional. Após medidas mais simbólicas que efetivas, o Conselho de Segurança da ONU aprovou a instauração de uma zona de exclusão aérea no país. Menos de 48 horas depois, no dia 21 de março, começou a ofensiva da coalizão, com ataques de França, Reino Unido e Estados Unidos.