Honduras deve retornar imediatamente à Organização de Estados Americanos (OEA), pediu a chefe da Comissão de Relações Exteriores da Câmara de Representantes americana, Ileana Ros-Lehtinen, em uma carta enviada ao secretário-geral do organismo, José Miguel Insulza, difundida esta quarta-feira.
"Escrevo para urgir, dentro das regras em vigor, a readmissão imediata do governo de Honduras à Organização de Estados Americanos", pediu na carta Ros-Lehtinen, cujo comitê supervisiona, entre outros temas, as contribuições dos Estados Unidos a organizações internacionais como a OEA.
"Honduras tem estado afastada injustamente da OEA por tempo demais, como refém do destino de (o ex-presidente deposto em golpe de Estado,) Manuel Zelaya", acrescentou Ros-Lehtinen.
Zelaya foi deposto em um golpe de Estado, em junho de 2009, e isto motivou a suspensão imediata de Honduras da OEA e a aplicação de sanções por parte de vários países.
Desde então, o governo hondurenho do presidente Porfirio Lobo tem dado passos para restabelecer a normalidade democrática no país, elogiados por Washington, mas que estão pendentes do retorno de Zelaya.
A Suprema Corte hondurenha desconsiderou recentemente dois processos contra Zelaya, o que pode permitir o retorno do ex-presidente ao país, lembrou Ros-Lehtinen, legisladora de origem cubana.
Se isto acontecer antes da próxima assembleia-geral da OEA, em junho, Honduras poderia ser readmitida na organização, reconheceram autoridades da entidade e governos da região.
Ros-Lehtinen também pediu ao vice-conselheiro de Segurança Nacional, Denis McDonough, que os Estados Unidos suspendam as sanções diplomáticas contra ex-altos cargos do governo anterior do presidente Roberto Micheletti, líder do golpe de Estado contra Zelaya.