Pelo menos 16 pessoas morreram e mais de 30 ficaram feridas, entre elas um deputado, em vários ataques praticados esta segunda-feira em Bagdá e em uma cidade próxima, após uma série de atentados que já deixou dezenas de mortos na semana passada.
Esta onda de atentados ocorre a algumas semanas do fim das operações de retirada do Exército americano, prevista para até o fim do ano. A saída das tropas após mais de oito anos no Iraque suscita preocupações sobre a capacidade das forças de segurança iraquianas em garantir a estabilidade e a segurança do país.
Segundo o deputado Ali al-Chila, um obus de morteiro caiu na tarde desta segunda-feira perto do estacionamento do Parlamento na Zona Verda, setor ultra-protegido de Bagdá, deixando seu colega Muayid al-Tayyeb ferido.
Segundo um membro do Ministério do Interior que pediu para não ser identificado, o obus deixou 2 mortos e 7 feridos.
Uma outra autoridade do Ministério da Defesa não confirmou como o ataque foi efetuado, mencionando uma explosão na área do estacionamento, que deixou, segundo ele, 3 mortos e 4 feridos.
De acordo com o site do Parlamento, 185 deputados estavam presentes esta segunda-feira na sessão de trabalho da Assembleia.
Este novo ataque ocorreu logo depois de um atentado suicida praticado durante a manhã nas imediações de uma prisão ao norte de Bagdá, deixando 12 mortos e 26 feridos, segundo o Ministério da Defesa (13 mortos e 28 feridos, segundo o Ministério do Interior).
Um carro-bomba explodiu perto da prisão de Hout, em Taji (25 km ao norte de Bagdá), por volta das 08h00 (03h00 de Brasília), segundo as mesmas fontes.
Em outro ataque, a fonte do Ministério do Interior indicou que duas pessoas tinham sido mortas e quatro haviam ficado feridas na explosão de uma bomba magnética depositada embaixo de seu carro no bairro de Mansur, no oeste de Bagdá.
Esses ataques elevam para pelo menos 60 o número de mortos em uma semana na série de ataques que atingiu várias cidades do Iraque.