As negociações em busca de um acordo de paz entre os integrantes do governo colombiano e os das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e do Exército do Povo (EP) serão retomadas hoje (20), em Havana, na capital cubana, para a discussão sobre a questão agrícola.
Os guerrilheiros querem garantias do governo sobre as medidas de reforma agrária que poderão ser implementadas no país. O diálogo é mediada pelos governos de Cuba, da Venezuela, do Chile e da Noruega. Há cerca de 50 anos, a guerrilha age na região. Na Colômbia, as Farc são consideradas um grupo terrorista.
As negociações ocorrem no momento em que o ministro da Defesa colombiano, Juan Carlos Pinzón, anunciou que as forças de segurança do país continuarão as operações militares, apesar da trégua unilateral anunciada pelas Farc. Pinzón disse que a ordem seguirá sendo "sempre a mesma": "Combater os grupos ilegais em todo o território nacional".
A guerrilha, que se encontra na etapa inicial das negociações de paz com o governo colombiano em Cuba, anunciou, por conta própria, o cessar-fogo da meia-noite de ontem (19) até 20 de janeiro de 2013. O coordenador dos negociadores das Farc, Ivan Márquez, foi quem anunciou a decisão do grupo de interromper as operações militares ofensivas durante dois meses.
No segundo dia do diálogo, os temas principais serão a execução de programas de desenvolvimento territorial e social (saúde, educação, habitação e erradicação da pobreza) e os incentivos à produção agrícola e à economia de solidariedade e cooperação.
Após esta etapa de negociações, será aberto um prazo de dez dias, a partir de domingo (25), para marcar uma nova data para a próxima reunião.