Em celebração ao Dia Internacional dos Mantenedores da Paz das Nações Unidas (ONU), os chamados peacekeepers, 600 militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica prestaram homenagens aos militares em missões de paz no mundo.
Durante a cerimônia, um grupo de ex-integrantes de missões de paz desfilou com boinas azuis, símbolo dos mantenedores da paz das Nações Unidas. Um capacete da cor azul e uma coroa de flores homenagearam militares mortos nas missões e durante o terremoto do Haiti, em 2010.
Entre os brasileiros homenageados, está o capitão-de-mar e guerra e fuzileiro naval, Alexandre Mariano Feitosa, que participou de missões de paz no Haiti, na Síria e em Nova York, na sede da ONU. Para ele, o dia não é apenas um reconhecimento ao trabalho de quem luta pela paz mundial.
“Esse é um dia muito importante para nós mantenedores da paz pela importância do trabalho feito em diversos cantos do mundo e pelo resultado desse trabalho que é a paz que nós conseguimos levar às regiões, não só por causa das operações, mas também pela parte cívico-social, pois existem lugares onde o apoio militar é aquele que chega e dá suporte para a região, como alimentação e segurança. A presença do militar é importantíssima”, disse.
O capitão destacou a satisfação em receber a homenagem. “Me sinto muito lisonjeado, muito orgulhoso de poder representar bem a Marinha do Brasil e o corpo de fuzileiros navais nas missões de paz. É uma satisfação muito grande, em primeiro lugar, por poder levar a paz em regiões tão conflituosas que a gente vê que carece de um diálogo, de algo que nós brasileiros temos, como a nossa capacidade de bem negociar, de chegar a um consenso. É uma satisfação ser brasileiro e poder levar uma esperança de paz.”
Em 29 de maio de 1948, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas criou a primeira missão de paz, na Palestina. Mas a data em celebração aos mantenedores da paz passou a ser comemorada a partir de 2003. O Brasil participa das missões de paz da ONU desde 1956. Em Brasília, as homenagens aos peacekeepers, conhecidos como boinas azuis, são organizadas por meio de rodízio entre as Forças Armadas.