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Obama condena ataque contra sinagoga em Jerusalém

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, condenou "duramente" o atentado desta terça-feira (18) contra uma sinagoga em Jerusalém, que provocou quatro mortes. "Não há justificativa para esse ataque contra civis", declarou o mandatário, que fez um apelo para que israelenses e palestinos busquem a paz.

A ação ocorreu no bairro de Har Nof e também deixou pelo menos oito pessoas feridas, segundo o porta-voz da Polícia local, Micky Rosenfeld. Ainda de acordo com ele, várias vítimas que foram levadas ao hospital estão em estado gravíssimo. Três dos quatro mortos tinham cidadania norte-americana e um, a britânica. Moshe Twersky (59 anos), Aryeh Kupinsky (43), Kalman Zeev Levin (55) e Avraham Shmuel Goldberg (68) eram rabinos.

O atentado teria sido provocado por dois homens, mas as informações sobre como eles efetuaram o ataque ainda estão desencontradas. Algumas fontes dizem que eles entraram com facas e machados, enquanto outras garantem que eles estavam portando armas de fogo. A Polícia afirma que os dois autores do crime foram mortos e que eles seriam de Jabel Mukaber, um bairro árabe da cidade.

O grupo islâmico Hamas comemorou o atentado. Segundo o porta-voz do grupo, Mushir al-Masri, "isso foi uma vingança heroica e rápida pela execução de Yusuf al-Rumani", que foi encontrado morto na segunda-feira (17). As autoridades israelenses dizem que ele se suicidou, mas os familiares acusam os judeus ortodoxos pelo crime.

A Jihad islâmica emitiu uma mensagem no mesmo tom do Hamas. Pouco após o crime, um vídeo divulgado pelo braço armado do Hamas mostra o grupo ameaçando fazer uma série de atentados em Israel.

Porém, o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, condenou o ataque e a "morte de fiéis judeus e de outros civis". Mais cedo, ele já havia dito através de nota que "a Presidência condenava ataque aos judeus em seus locais de oração e condena a morte de civis - não importando quem tenha feito isso".

Por outro lado, o primeiro-ministro israelense, Benyamin Netanyahu, acusou Abbas e o Hamas de serem os responsáveis pelo ataque, dizendo que o ato foi "uma consequência direta dos seus incitamentos, um incitamento que a comunidade internacional irresponsavelmente ignorou". Ele ainda afirmou que o país "reagirá duramente à cruel morte dos judeus que estavam rezando".