Matéria publicada neste sábado (6)no El País conta a que o Pentágono divulgou na sexta-feira 198 fotos que demonstram, segundo a organização que luta há mais de uma década por sua publicação, os abusos aos quais o Exército dos Estados Unidos submeteu prisioneiros no Iraque e Afeganistão na época do Governo de George W. Bush.
A reportagem fala que as imagens mostram principalmente marcas de golpes, ferimentos nas mãos, pés e cabeça, assim como hematomas em áreas como as costas dos presos. Algumas também revelam detentos algemados e com os olhos vendados no momento de sua captura. Tanto pela qualidade das imagens como pela escassa informação que as acompanha, é difícil avaliar a magnitude dos abusos cometidos.
É exatamente nisso que está o problema. Desde 2004 a União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU, na sigla em inglês), que levou o Departamento de Defesa a divulgar as 198 imagens, pedia nos tribunais sua publicação. Embora tenha comemorado o passo dado sexta-feira pelo Pentágono – a contragosto e depois de muitas objeções –, essa ONG ressaltou que ainda há 1.800 fotografias que o Departamento de Defesa se nega a revelar, as quais poderiam esclarecer magnitude dos abusos e até que nível de comando eram conhecidos.
“Mais importante que a publicação (deste primeiro pacote de fotos) é o fato de que há outras centenas que continuam retidas”, disse o subdiretor legal da ACLU, Jameel Jaffer, em um comunicado. Ele assinalou que as fotos ainda mantidas em segredo “constituem a melhor prova dos graves abusos que ocorreram em centros de detenção militares”.
Texto baseado em matéria do jornal El País. Para acessar na íntegra, basta clicar no link abaixo:
https://brasil.elpais.com/brasil/2016/02/06/internacional/1454720839_756778.html