O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, exigiu que a Coreia do Norte interrompa suas "ações provocatórias" imediatamente, após a nação asiática ter realizado neste domingo (7) o lançamento de um foguete de longo alcance, colocando em órbita um satélite de observação terrestre.
Por meio de um porta-voz, o secretário da ONU, que é sul-coreano, disse que Pyongyang violou resoluções do Conselho de Segurança sobre o uso de tecnologias balísticas. Segundo o regime de Kim Jong-un, a operação foi bem sucedida, e o país continuará com seu programa de lançamento de satélites para "fins pacíficos".
Já a Coreia do Sul declarou que o foguete percorreu apenas algumas centenas de quilômetros, até explodir ao sudoeste da ilha de Jeju. De acordo com a agência "Yonhap", Seul considerou a ação como um "fracasso". Ainda assim, a presidente Park Geun-hye definiu o lançamento como "inaceitável".
A suspeita é que Pyongyang teria usado um satélite como desculpa para realizar mais um teste de mísseis. "Foi uma ação provocatória e uma clara violação às resoluções da ONU", diz um comunicado da Casa Branca. Por conta disso, as Nações Unidas convocaram ainda para este domingo, às 14h (horário de Brasília), uma reunião de emergência do seu Conselho de Segurança.
No último dia 6 de janeiro, a Coreia do Norte já havia realizado um teste nuclear que provocou revolta na comunidade internacional. Na ocasião, Pyongyang alegou ter feito simulações com uma bomba de hidrogênio, que é até 50 vezes mais potente que os explosivos atômicos de urânio. (ANSA)