Os reformistas, defensores da linha de abertura ao Ocidente adotada pelo presidente Hassan Rohani, venceram o segundo turno das eleições parlamentares no Irã e terão uma maioria relativamente segura no Congresso.
Estavam em jogo 68 assentos das 21 províncias onde, no pleito nacional de 26 de fevereiro, nenhum candidato havia atingido o quórum mínimo. O grupo próximo a Rohani obteve 29 cadeiras, contra 21 dos fundamentalistas ligados ao guia supremo do país persa, Ali Khamenei.
No entanto, algumas mudanças de posicionamento entre o primeiro e o segundo turno, com candidatos conservadores se aproximando mais de reformistas, permitem que se faça uma leitura diferente do placar: 33 a 17. Já o restante dos assentos ficou com os "independentes", que costumam transitar pelos dois lados.
Sendo assim, a próxima legislatura, a 10º desde a Revolução Islâmica de 1979, terá de 120 a 130 deputados pró-Rohani e de 84 a 90 parlamentares fiéis a Ali Khamenei. Com a ajuda de uma parte dos independentes, o presidente terá uma maioria relativamente segura entre os 290 congressistas para aprovar suas medidas.
Entre outras coisas, os fundamentalistas são contra o acordo nuclear de Teerã com as potências ocidentais, incluindo os Estados Unidos - essas foram as primeiras eleições após o pacto, o que fortalece Rohani ainda mais.
O Congresso iraniano também terá um número recorde, embora pequeno, de deputadas: 18.