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Documento secretos indicam envolvimento de funcionários sauditas no 11 de setembro

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A CIA e o FBI apontaram para o possível envolvimento de funcionários do governo da Arábia Saudita nos ataques de 11 de setembro de 2001 ao World Trade Center, em Nova York, segundo páginas secretas de um inquérito do Congresso americano.

"De acordo com vários documentos do FBI e pelo menos um memorando da CIA, alguns dos sequestradores do 11 de setembro, enquanto estavam nos Estados Unidos, tiveram contato, aparentemente, com indivíduos possivelmente ligados ao governo saudita", diz uma parte do inquérito. 

O relatório identifica dois suspeitos, Omar al-Bayoumi e Osama Bassnan, como possíveis agentes da inteligência de Riad. Também são citados Abdullah Bin Laden, irmão de Osama Bin Laden que teria trabalhado na Embaixada da Arábia Saudita em Washington, e Saleh al-Hussayen, funcionário do Ministério do Interior saudita, e Shayk al-Thumairy, diplomata.

As páginas secretas do documento foram publicadas pelo Comitê de Inteligência da Câmara dos Representantes nesta sexta-feira, após anos de pressão das famílias das vítimas dos ataques, que deixaram quase 3 mil mortos e mais de 6 mil feridos.

Ainda de acordo com esse material, o governo saudita teria se recusado a ajudar os EUA na localização de Abu Zubaydah meses antes do atentado. Zubaydah foi preso no Paquistão em 2002 por suposta ligação com o 11 de setembro. Hoje, ele se encontra detido em Guantánamo.

Em coletiva de imprensa, uma porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Elizabeth Trudeau, disse que a publicação desse documento não irá afetar a relação entre Washington e Riad.

"Nós temos uma cooperação robusta com a Arábia Saudita, em contraterrorismo, desafios regionais, economia e energia. Nossa cooperação nessas áreas não mudará", afirmou.