O presidente da França, François Hollande, chegou a Nice para se encontrar com autoridades de segurança locais e debater a situação após o ataque da noite desta quinta-feira (14) que deixou ao menos 84 mortos e 100 feridos. O primeiro-ministro, Manuel Valls, e o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, já estão encontram na cidade.
Em pronunciamento realizado na última noite, Hollande disse que "é inegável o caráter terrorista do ataque", acrescentando que entre as vítimas, muitas são crianças.
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"A França foi atacada por essa nova tragédia, está horrorizada pelo que aconteceu, essa monstruosidade que consiste em utilizar um caminhão para matar, deliberadamente, dezenas de pessoas que vieram simplesmente celebrar o [feriado] de 14 de Julho. A França chorou, está ferida, mas é forte, e sempre será mais forte que os fanáticos que a atacaram", acrescentou.
Estado de Emergência
O presidente decidiu ampliar o estado de emergência declarado após os atentados de 13 de novembro em Paris, que deixaram ao menos 130 mortos, por outros três meses. Ele havia anunciado horas antes do ataque que pretendia extinguir a medida.
"É toda a França que está sob a ameaça do terrorismo islâmico. Então, nessas circunstâncias, nós devemos fazer a demonstração de uma vigilância absoluta e de uma determinação contínua", apontou.
Autoridades de Paris avaliam o envolvimento dos jihadistas do Estado Islâmico (EI, ex-Isis) no ataque, apesar de o grupo ainda não ter reivindicado autoria. Além disso, após o massacre, a França irá "reforçar as operações" contra os terroristas do Estado Islâmico "tanto na Síria como no Iraque". "Nada nos fará ceder a esta vontade de lutar contra o terrorismo", concluiu Hollande.
"Fomos golpeados no dia 14 de julho, o dia da Festa Nacional e símbolo da liberdade pois os fundamentalistas negam os direitos fundamentais".