A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu uma trégua humanitária de 48 horas nos combates registrados na cidade síria de Aleppo. É para ajudar a população, que sofre com a falta água e eletricidade.
Em comunicado, o residente da ONU e coordenador humanitário na Síria, Yacoub El Hillo, e o coordenador regional humanitário para a crise no país, Kevin Kennedy, explicaram que, após a destruição da rede hídrica, os poços e cisternas não têm sido suficientes para satisfazer as necessidades da população local.
"Quando a tática do cerco é utilizada de modo intencional para privar as pessoas de alimentos e de outros bens essenciais, ela constitui um crime de guerra", concluíram os representantes da ONU.
Ainda segundo eles, desde o aumento da ofensiva na cidade, o número de civis em perigo passou de 2 milhões. Além disso, nas últimas semanas, têm sido registradas "inúmeras mortes de civis" nas ofensivas de ambos os lados, enquanto continuam "os ataques a hospitais e clínicas."
Nos últimos dias, as forças fieis ao ditador Bashar al-Assad ampliaram o ataque a Aleppo, reduto de rebeldes, especialmente com bombardeios no norte do município.
A Síria sofre com uma guerra civil desde 2011, quando opositores ao regime de Assad iniciaram uma rebelião armada para tirar o ditador do poder, inspirados pela Primavera Árabe. Sem sucesso, o conflito continua até hoje e o grupo extremista Estado Islâmico domina grande parte do norte do país.