Matéria publicada nesta terça-feira (22) pelo alemão Deutsche Welle afirma que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (21/11) que vai retirar o país do Tratado Transpacífico (TPP, na sigla em inglês) já em seu primeiro dia no novo cargo. O anúncio, que vai contra todos os esforços do governo de Barack Obama em estreitar laços comerciais com o Japão e mais outros dez países, é apenas um de seis pontos em que o magnata prometeu ação executiva imediata – que não necessita aprovação do Congresso.
A reportagem diz que entre as outras medidas, também está uma revisão de "programas de vistos que prejudicam as oportunidades dos trabalhadores americanos" – em mais um sinal de que Trump já se move para estreitar as normas de imigração nos EUA.
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"No comércio, emitirei uma notificação sobre nossa intenção de sair do Tratado Transpacífico, um desastre potencial para o nosso país”, anunciou Trump em um vídeo de dois minutos e meio sobre seus planos já para o primeiro dia no cargo, em 20 de janeiro.
"Em vez disso, negociaremos acordos comerciais bilaterais justos que tragam empregos e a indústria de volta ao solo americano", prometeu. Em troca, o republicano acrescentou que impulsionará tratados bilaterais que permitam gerar empregos que eventualmente perdidos por acordos comerciais passados.
Welle analisa que as palavras de Trump, cuja campanha aproveitou o rancor da classe trabalhadora americana que se diz marginalizada pela globalização, fazem parte de uma lista de prioridades do futuro presidente para os 100 primeiros dias de governo e destinada a "colocar a América em primeiro lugar”. A oposição ao TPP, assinado em fevereiro, mas ainda sem aprovação do Congresso, foi uma das principais bandeiras de Trump durante a corrida para a Casa Branca, pois, segundo ele, o acordo prejudica a economia do país.
O tratado é considerado um acordo comercial que, entre outras razões, busca resistir à expansão comercial da China, uma das nações excluídas desta iniciativa. O TPP prevê um período de dois anos para ser ratificado pelos parlamentos dos países-membros, mas para entrar em vigor é necessário que os signatários representem, pelo menos, 85% do PIB do bloco. A retirada dos EUA desta iniciativa representa um sério tropeço para o tratado, finaliza o Deustche Welle.