O juiz federal de Seattle James Robart ordenou, em caráter temporário nesta sexta-feira (4), a suspensão da decisão emitida pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de proibir a entrada de refugiados e imigrantes muçulmanos de sete países.
O decreto foi bloqueado temporariamente, enquanto Robart estuda um recurso de amparo apresentado pelo procurador-geral do estado de Washington, Bob Ferguson."A Constituição prevaleceu hoje.
Ninguém está acima da lei, nem mesmo o presidente", disse Ferguson Em comunicado, o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, afirmou que o governo "fará uma suspensão de emergência desta ordem ultrajante e defenderá a ordem executiva do presidente, que acreditamos ser legal e apropriada".
"A ordem do presidente tem a intenção de proteger a pátria e ele tem a autoridade constitucional e a responsabilidade de proteger o povo americano", acrescenta a nota.
A proibição para que refugiados e cidadãos de nações muçulmanas ingressem nos Estados Unidos foi assinada na última sexta-feira (27), por meio de uma ordem executiva, pelo presidente Donald Trump. Na ocasião, o veto provocou caos em vários aeroportos norte-americanos por causa das filas. Centenas de pessoas lotaram áreas de desembarque para protestas e manifestações legais foram registradas em todo o país.
A ordem de Robart representa um grande desafio para a administração do magnata, que terá de apelas para um tribunal superior. No entanto, o Departamento de Justiça não tomou nenhuma decisão imediata sobre um recurso. "O Departamento espera rever a ordem escrita do tribunal e determinará os próximos passos", disse em comunicado. Durante a campanha presidencial, Trump havia prometido uma política de "veto extremo", para assegurar que só entrem nos Estados Unidos pessoas que "apoiem o país". Esta decisão tem causado um mal-estar diplomático e críticas de líderes mundiais.