Estava marcada para a tarde desta terça-feira (30) a sessão no Parlamento catalão que daria posse a Carles Puigdemont como novo presidente da comunidade autônoma. No entanto, o presidente do Parlamento, Roger Torrent, adiou a sessão indefinidamente, até que o Tribunal Constitucional responda ao recurso que questiona o impedimento de Puigdemont.
Carles Puigdemont foi escolhido pela maioria dos parlamentares catalães como o candidato para reassumir o governo da região. O problema é que ele está autoexilado na Bélgica desde outubro do ano passado, quando o governo central espanhol o destituiu e suspendeu temporariamente a autonomia da região. Na Espanha, há uma ordem de prisão contra ele por sua atuação na declaração unilateral de independência.
Puigdemont e seus aliados haviam sugerido uma posse a distância, feita pela internet ou com a representação de algum deputado, mas o Tribunal Constitucional descartou essa opção e disse que Puigdemont teria de comparecer pessoalmente à sessão de investidura. Os conselheiros jurídicos do Parlamento também afirmaram que ser eleito remotamente violaria a lei.
O presidente do Parlamento, que é do partido independentista Esquerda Republicana da Catalunha (ERC), afirmou que não indicará um outro nome para assumir o cargo e que garantirá a imunidade de Puigdemont.
O primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, reiterou nesta terça-feira que Puigdemont não pode assumir o cargo e pediu aos independentistas que cumpram a lei.