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Líder da oposição no Quênia se autoproclama presidente

Governo tirou TVs do ar para não exibir discurso de Raila Odinga

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Acompanhado por milhares de seguidores, o líder da oposição no Quênia, Raila Odinga, se autoproclamou presidente do país nesta terça-feira (30), em um parque de Nairóbi, após não reconhecer a reeleição de Uhuru Kenyatta.

Se apresentando como "presidente do povo", Odinga fez um juramento simbólico e desafiou o atual chefe de Estado do país.

"Juro que serei fiel e leal ao povo e à República do Quênia, que preservarei, protegerei e defenderei a Constituição do Quênia", disse o opositor perante seus seguidores.

Seu discurso, de acordo com o procurador-geral queniano, Githu Muigai, pode ser considerado um "crime de alta traição", punido com pena de morte. Durante o juramento de Odinga, as autoridades retiraram do ar redes de televisão e rádio, para que as pessoas não assistissem ao discurso.

Além disso, algumas horas depois do juramento simbólico, o governo comentou que o partido do opositor é uma "organização criminosa".

Eleições - As eleições de 2017 no Quênia foram marcadas por polêmicas. Após a primeira votação, em agosto, ter sido cancelada por irregularidades, Odinga não quis concorrer novamente e retirou sua candidatura. Com isso, Kenyatta venceu as eleições, em outubro, com 98% dos votos.