Correr, nadar, atirar, duelar e saltar com o cavalo, tudo isso num só dia. São essas as tarefas que um atleta do pentatlo moderno precisa executar para cumprir o programa da modalidade nos Jogos Olímpicos. Ou seja, para sonhar com uma medalha, o atleta tem que se sair bem em provas de corrida, natação, tiro esportivo, esgrima e hipismo. Em Londres 2012, a representante brasileira que irá em busca desse sonho é Yane Marques, que vai competir neste domingo, 12 de agosto, dia de encerramento dos Jogos.
Principal nome da modalidade no país e atual ocupante da terceira posição no ranking mundial, Yane Marques, de 28 anos, vem colhendo bons resultados nos últimos anos. Nos dois Jogos Pan-americanos mais recentes, conquistou as medalhas de ouro (Rio 2007) e de prata (Guadalajara 2011), resultado que a classificou para Londres. Em 2012, entre outras conquistas, foi medalha de bronze na Copa do Mundo, em maio, e campeã do Aberto da França, em julho, feitos que a credenciaram a brigar por uma medalha em Londres.
“Desde Pequim 2008 somei quatro anos de treinos, experiência e amadurecimento. Também passei a ter um acompanhamento psicológico e posso garantir que chego confiante e nas minhas melhores condições. Nos últimos anos tenho participado de todas as etapas da Copa do Mundo e me classificado para a fase final. Confesso que não imaginava que um dia fosse participar dos Jogos Olímpicos, ainda mais de dois. E não vou parar por aqui. Já tenho planos para a Rio 2016”, assegura.
Antes de desembarcar na cidade-sede dos Jogos, na última terça-feira, 7 de agosto, Yane passou por um período de aclimatação em Roma. No início do ano já havia aprimorado seus treinamentos nos Estados Unidos.
“Competi e treinei bem durante todo o primeiro semestre deste ano para que pudesse chegar a Londres atingindo minhas melhores marcas. A ansiedade começou a aparecer, mas isso é normal, agora é manter o foco nos Jogos”, disse a pentatleta.
Sobre as chances na competição, Yane está consciente das dificuldades que terá pela frente. Serão 36 competidoras na disputa e, pelo menos, de 10 a 15 com chances de brigar por medalhas.
“A medalha é o sonho de todo atleta. E também o meu. Mas será uma prova forte e difícil. Qualquer uma que subir ao pódio não será surpresa. Já conquistei a medalha pan-americana e vou fazer de tudo para ganhar a medalha olímpica. Posso garantir que o trabalho foi muito bem feito, com suor, dedicação e a ajuda de excelentes profissionais.