Respeito aos adversários e satisfação com a receptividade no Rio de Janeiro. Esse é a atmosfera passada pelo time masculino de basquete dos Estados Unidos. O armador DeMar DeRozan foi um dos que gostou da atmosfera local. “A recepção tem sido ótima até agora. Estamos na baía [os times masculino e feminino de basquete estão hospedados em um transatlântico no Pier Mauá] e podemos nos unir, aproveitar, sentir a atmosfera olímpica. E vai só melhorar”.
Outro armador do time é Klay Thompson. Ele disse que não teve contato com as pessoas no Rio de Janeiro, mas espera uma boa recepção no jogo contra a China, no sábado (6). “Vou descobrir no sábado, no jogo. Mas tenho certeza de que será positiva. Temos fãs da NBA [liga profissional de basquete dos EUA] em todo o mundo, então eu agradeço aqueles que vierem nos apoiar”.
Seleção brasileira
Thompson também comentou sobre a seleção brasileira, que está no outro grupo do torneio de basquete. Ele jogou a última temporada com o brasileiro Leandrinho no Golden State Warriors, além de também ser colega de time de Anderson Varejão, cortado da seleção recentemente por conta de uma lesão.
“Obrigado aos fãs brasileiros pelo apoio. Eu sei que o primeiro esporte aqui é o futebol, mas é muito legal ver que o basquete está crescendo. [O time brasileiro] é um grande time. Eles têm um monte de caras jogando profissionalmente [na NBA] por muito tempo, tenho dois bons amigos no time, o Anderson [Varejão] e [Leandro] Barbosa”.
Favoritos
Quando a seleção dos Estados Unidos chegou para a coletiva, a sala estava lotada de jornalistas do mundo inteiro interessados em declarações da equipe favorita para levar o ouro no basquete. Após uma breve declaração de um membro da comissão técnica, os atletas se espalharam pela enorme sala para conversar com a imprensa. Em vários cantos havia um atleta dando atenção a um grupo de repórteres.
“Para mim, representar os Estados Unidos pela quarta vez em uma Olimpíada é uma honra e uma benção. Meu objetivo é liderar esse time à medalha de ouro e aproveitar essa jornada”, disse o ala Carmelo Anthony, o mais experiente da equipe norte-americana e duas vezes campeão olímpico.
O técnico do time, Mike Krzyzewski, destacou que a equipe não trabalha para polir o ego dos jogadores, mas para fazê-los lembrar que têm dois egos: o individual e o de representante dos Estados Unidos na Olimpíada. "Não acho que seja um desafio, acho que é uma oportunidade. Um desafio é quando você não tem algo e tem que fazer. Nós temos muita cooperação e é só uma questão de se sentir confortáveis uns com os outros. E também de deixar que sejam eles mesmos".
Navio
Se a Vila Olímpica é o ponto de encontro dos atletas menos famosos com as estrelas do esporte, esse último grupo foi desfalcado com a opção do basquete americano de se hospedar em um cruzeiro transatlântico em sua estadia no Rio de Janeiro.
Atracados no Piér Mauá, no centro do Rio, os americanos contam com segurança e privacidade para manter a concentração nos jogos. O pivô DeAndre Jordan elogiou a opção: "Está sendo ótimo. A hospitalidade tem sido muito boa e as pessoas são muito agradáveis. O navio é superlegal e tem sido legal ficar com as meninas da seleção americana [de basquete]".
O pivô DeMarcus Cousin e o ala Jimmy Buttler, ambos estreantes em olimpíadas, compararam o navio a um hotel. "É exatamente como um hotel, só que flutua", comparou o estreante Butler.
Ao ser perguntado sobre como é o navio e o seu dia a dia lá, o armador Kyrie Irving fez mistério. "Vivemos a vida, da mesma forma que você vive a vida quando vai para casa. Só que em um navio", disse ele, que contou aproveitar a vista da sacada para o Baía de Guanabara, mas disse não ver o navio como um cruzeiro. "É um ambiente privado para o time de basquete dos Estados Unidos e sua equipe técnica".