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Menos brasileiros acham que situação vai melhorar, diz Datafolha

Avaliação de que vai piorar subiu para 26% em agosto

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Pesquisa nacional feita pelo Datafolha nos dois últimos dias de agosto mostra que 40% dos brasileiros consideram que a situação econômica do país vai melhorar, patamar mais baixo em um ano.

No levantamento feito em dezembro de 2018, pouco antes do início do governo Jair Bolsonaro, 65% dos entrevistados estavam otimistas.

O percentual já havia recuado para 50% em abril deste ano e para 46% no início de julho.

A avaliação de que vai piorar passou de 9% em dezembro para 18% em abril, 19% em julho e 26% em agosto.

O percentual dos entrevistados que dizem que a economia ficará como está oscilou dentro da margem de erro nos três últimos levantamentos e está agora em 31%. Outros 3% não sabem.

O Datafolha também mostra que a maioria dos brasileiros diz que a crise econômica vai demorar para acabar e que o Brasil não vai voltar a crescer tão cedo.

No fim do ano passado, a posição majoritária era que o período de recessão, seguido de baixo crescimento, estava próximo do fim.

Quando lhes foi perguntado sobre crise econômica que o país vive nos últimos anos, 59% responderam que ela demora a acabar e que o Brasil não volta a crescer tão cedo.

No levantamento anterior com a mesma questão, feito em dezembro, 42% faziam essa avaliação pessimista.

Na época, 50% afirmaram que a crise iria terminar em breve e que o país voltaria a crescer nos meses seguintes. Em agosto deste ano, esse percentual estava em 35%.

Outros 4% dizem que a crise já acabou, e 3% não sabem.

O pessimismo é maior entre mulheres (61%) do que entre homens (56%) e diminui conforme aumenta o grau de escolaridade e a renda familiar.

O otimismo em relação ao fim da crise só supera o pessimismo entre os simpatizantes dos PSL (para 80% deles, ela já acabou ou acaba em breve), entre os que avaliam o presidente da República como ótimo ou bom (70% fazem a mesma avaliação) e entre os que votaram em Jair Bolsonaro em 2018 (60%).

Depois de dois anos de recessão (2015 e 2016), o país cresceu apenas 1,1% em 2017 e 2018. Para 2019, a expectativa é uma expansão ainda mais fraca, de 0,8%.

As estimativas para 2020 estão em queda em razão da desaceleração da economia mundial e já ficam abaixo de 2%.

O Datafolha mostra ainda que as expectativas em relação ao desemprego oscilaram dentro da margem de erro do levantamento do início de julho para o de agosto.

Agora, 44% esperam piora do indicador, 31% acham que vai diminuir, e 23% afirmam que vai ficar como está.

A expectativa de inflação também oscilou na margem de erro, para 46% (avaliação de que haverá aumento do índice de preços), 30% (estabilidade) e 20% (redução).

Ao fazerem uma avaliação sobre sua própria situação econômica, 51% dos entrevistados afirmam que ela vai melhorar, percentual inferior aos de dezembro (67%), abril (59%) e julho (55%).

A expectativa de que irá piorar subiu de 6% para 11% de dezembro para abril e passou a oscilar dentro da margem de erro, chegando a 14% em agosto.

O Datafolha ouviu 2.878 pessoas em 175 municípios de todas as regiões do país em 29 e 30 de agosto.

A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.