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Economia compartilhada e fomento a novas tecnologias

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Poucos anos atrás alguns conceitos considerados de “ponta” e repetidos à exaustão eram, entre outros, a computação em nuvem, a convergência e mobilidade, smart cities, inclusão digital, segurança da informação, TV digital; todos motivos de inúmeras palestras e seminários. Constatamos que as “novidades” já ficaram obsoletas e novas expressões se tornam corriqueiras: cripto moedas, blockchain, fábrica 4.0 e ciência de dados se popularizaram rapidamente. A difusão de propostas inovadoras em todas as áreas: da educação à medicina, da segurança ao controle da gestão pública, da justiça aos novos meios de comunicação, é frequentemente associada ao crescimento acelerado das startups, como fomentadoras dessas novas tecnologias.

Surgem dúvidas, no entanto, quanto à solidez que terão esses novos empreendimentos para se consolidarem e crescerem. A utilização dessas novas tecnologias viabiliza a inovação, transversaliza as aplicações em todas as atividades e gera demanda crescente e diversificada. Mas não será a oportunidade de pensar em criar plataformas de compartilhamento de recursos humanos buscando agregar a experiência das empresas maduras, capazes de oferecerem mão de obra testada pelo mercado e proporcionando às startups inovadoras novas soluções mais seguras?

Sabemos que a migração das plataformas de compartilhamento para o setor de recursos humanos já é uma realidade e pode ser um movimento inspirador para os setores de serviços, principalmente tecnológicos. Difundida nas atividades industriais, a prática permite otimização de máquinas e equipamentos com a redução dos índices de ociosidade e disponibiliza tecnologias de ponta que, devido aos altos investimentos, são particularmente inacessíveis para as pequenas empresas.

Cabe aos agentes financeiros oferecerem novas opções de financiamento para criação dessas plataformas de economia compartilhada, viabilizando essa junção de esforços de inovação, associando os novos empreendedores às empresas consolidadas e, portanto, mais experientes, cuja maturidade e conhecimentos são indubitáveis. Com isso teríamos uma importante contribuição para desenvolver empresas de tecnologia nacional, que poderão vir a ocupar importante espaço no mercado.

A atuação do BNDES com programas como o Prosoft, focado principalmente na comercialização de produtos e serviços; e de investimentos para capitalização, através do BNDESPAR, historicamente viabilizou o fortalecimento inúmeras empresas de TI.

Profissionais da TI e representantes de agências de fomento como Finep, Faperj e BNDES estiveram reunidos em um seminário intitulado “A TI – no futuro pós-eleitoral”, durante o Rio Info 2018. Em um dos painéis, os principais agentes financeiros apresentaram as perspectivas de fomento para o período 2019/2022. Essa e novas propostas sintonizadas com as demandas atuais podem ser o caminho para reencontrarmos os rumos que foram abandonados.

* Presidente do TI RIO (Sindicato das Empresas de Informática)

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