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Prevenção em primeiro lugar

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A pandemia mudou a nossa rotina dentro e fora de casa. Todos tiveram que se adaptar ao uso diário de máscaras e do álcool gel, bem como ao de não poder interagir como de costume com familiares e amigos. Rituais como o de retirar toda a roupa ao chegar em casa, também passaram a fazer parte do dia a dia de muitas pessoas. Houve quem comprou oxímetro para saber o nível de saturação de oxigênio, um dos indicativos da contaminação por Covid-19. A medição da temperatura de clientes, trouxe para os shoppings e lojas um protocolo de hospitais e consultórios.

Entretanto, apesar de ainda sem previsão, esses novos hábitos, um dia, não serão mais necessários. Mas a adoção de um estilo de vida saudável se faz fundamental hoje e mesmo depois da pandemia. É preciso estar com a saúde em dia para reduzir as chances de contaminação ou desenvolver a doença na sua forma mais grave. Nesse cenário, adotar um estilo de vida saudável é uma forma de combater o coronavírus, o que passa por uma alimentação equilibrada, que reduza o consumo de sal e açúcar, mas que inclua uma variedade de frutas e vegetais, alimentos ricos em ômega 3; pela prática de exercícios físicos e por ter um sono adequado.

Enquanto os pesquisadores ainda desenvolvem uma imunidade nos laboratórios, a melhor alternativa é adotar hábitos de vida saudáveis. Eles melhoram naturalmente a imunidade, sem dor, sem efeito colateral e, principalmente, sem precisar aguardar a produção em massa de uma vacina. Mas, se hoje é uma real necessidade de saúde pública, essa postura deve ser mantida durante todas as fases da vida. Pois, a pandemia vai passar, mas as doenças crônicas vão permanecer.

Hoje, cerca de 9% da população brasileira sofre de diabetes, 22,5% tem hipertensão. Os dados do Ministério destacam uma parcela da população que necessita de acompanhamento médico periódico, e o abandono do tratamento pode transformar quadros leves em graves. Estudos mostram que 73% das mortes nos grandes centros urbanos têm ligação com os hábitos de vida. Os males crônicos que causam o maior número de mortes no mundo são as doenças cardiovasculares, o câncer e o diabetes. Em sua maioria, podem ser prevenidos com a mudança de hábitos.

Somente no Brasil, a cada minuto morre uma pessoa em decorrência de uma doença cardiovascular. Essa estatística é aterrorizante, mas não é surpreendente, pois boa parte da população não cuida da própria saúde. Prova disso é que mais de 50% da população está acima do peso. Também é importante zelar pela saúde mental. Valorizar a companhia de amigos e familiares traz efeitos psicológicos que ficam ainda mais em evidência em tempos de isolamento social. Realizar atividades que ajudem a estimular o cérebro. Leitura e jogos como passatempos são exemplos de atividades simples que ajudam a desenvolver capacidades mentais.

Essa crise de saúde que o mundo enfrenta expõe cada vez mais como a prevenção é o grande antídoto para ter uma vida longa e com qualidade. Portanto, é fundamental manter a rotina de ir ao médico, realizar os exames, check-ups e adotar um estilo de vida saudável.

*Gilberto Ururahy é diretor médico da MedRio Check-up