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MT: laudo pode esclarecer disparos em simulação

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Portal Terra

RONDONÓPOLIS - O laudo pericial das armas utilizada pela Polícia Militar de Rondonópolis (MT) no dia da simulação que resultou na morte de Luis Henrique Dias, 13 anos, e que deixou outras 11 pessoas feridas, no bairro Jardim das Flores, pode indicar que houve três disparos com munição real. A investigação leva em conta as imagens e o som gravado durante a ação dos PMS. O laudo está sendo concluído e deve ser entregue na terça-feira para a Policia Civil.

- Fizemos o confronto dos fragmentos dos projeteis capturados no local e o que estava no adolescente. Pudemos confirmar que a arma que possuía armamento real era uma espingarda calibre 12. Na simulação foram utilizadas três espingardas calibre 12 e quatro fuzis calibre 762 -, declarou o coordenador de criminalística da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), Antonio Carlos de Oliveira.

- Temos comprovado que houve dois disparos, no entanto, quando analisamos a imagem por aproximação, pudemos perceber até o momento que houve três disparos com munição real, mas também pode ter ocorrido mais. Não temos como comprovar, porque os alvos de papelão não foram entregues para a policia civil e à perícia -, completou.

Outro fato analisado pela perícia, segundo ele, é que nas imagens foram identificados 17 disparos. No entanto, somente foram entregues à Politec 12 munições, sendo uma real.

- Analisamos as imagens e pudemos confirmar que houve 17 disparos. Contudo, não podemos confirmar se houve mais disparos com projeteis reais ou mais armas envolvidas porque cinco estojos estão desaparecidos -, declarou Oliveira.

Segundo Oliveira, existe a possibilidade de que apenas uma espingarda calibre 12 tenha atingido todas as vitimas.

O delegado responsável pela investigação, João de Moraes Pessoa Filho, afirmou que irá aguardar o laudo pericial para se posicionar. Ele declarou que a Policia Civil já ouviu as testemunhas, as vitimas da simulação e os policiais militares envolvidos na ação. Sobre o depoimento dos policiais, o delegado disse que todos alegaram que não sabiam que havia munição real nas armas.