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SÃO PAULO - Os policiais civis do Estado de São Paulo fazem greve de 24 horas entre 8h desta quinta-feira e 8h de sexta-feira. De acordo com João Rebouças, presidente do Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de São Paulo (Sipesp), a paralisação é um aviso ao governo e uma greve por tempo indeterminado pode ser definida na segunda-feira.
O sindicato promete trabalhar com 30% do efetivo, conforme previsto em lei. Os flagrantes serão atendidos normalmente pelos policiais, de acordo com o sindicato. - Os serviços internos e de investigação devem ser os mais afetados, além do atendimento ao público, como emissão de documentos - disse Rebouças.
- Estamos recebendo telefonemas de todo o Estado. Os policiais têm se mostrado revoltados com o 'embrulho' que receberam. O descaso do governo, que tem se mostrado irredutível em não querer negociar, acirra os ânimos.
O 'embrulho' a que ele se refere é o projeto de lei que o governo enviará à Assembléia Legislativa, que prevê aumento salarial de até 23,43% para 125 mil policiais militares, civis e técnico-científicos.
Com essa medida, o menor salário de policial no Estado passa de R$ 1,24 mil para R$ 1,432 mil, um aumento de 15,5%. Já o menor salário para delegados passa de R$ 3 mil para R$ 3,68 mil, um reajuste de 22,67%.
Os policiais representados pelo sindicato reivindicam aumento de 48%, mudanças na licença-prêmio, incorporação das gratificações ao salário e aposentadoria especial.