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SÃO PAULO - Em um novo depoimento, o padre Júlio Lancelotti, 64 anos, relatou uma nova versão. Ao ser informado sobre os detalhes da investigação, segundo a polícia, o padre admitiu ter repassado R$ 80 mil a Anderson Marcos Batista, ex-interno da Febem (atual Fundação Casa), ao invés de R$ 50 mil como havia dito anteriormente. O padre afirmou ter dado, de uma só vez, R$ 30 mil a Anderson.
Segundo a polícia, o Padre Júlio contou que os R$ 30 mil foram utilizados para dar entrada em uma Pajero. Em depoimento anterior, ele havia afirmado que foi fiador e que pagou oito parcelas de R$ 2.012 do financimento do veículo.
O padre mudou o depoimento após ser informado pelos delegados que a polícia pediu o contrato de compra do carro à concessionária. Lancelotti disse que não quer mais comentar o assunto.
Padre Júlio afirma que era ameaçado pelo ex-interno, que está foragido. Além de dizer que iria agredí-lo, Anderson também falava que iria procurar a imprensa para denunciá-lo por pedofilia.
Após a denúncia do advogado de Anderson, de que o padre estaria utilizando os recursos da ONG para repassar a Bastista, a entidade Centro Social Nossa Senhroa do Bom Parto informou que Lancelotti não tem acesso aos recursos financeiros da entidade.