Agência Senado
BRASÍLIA - O líder do DEM, senador José Agripino (RN), deve realizar no final da tarde desta segunda-feira (11) ou no início desta terça-feira (12) uma reunião com os líderes partidários com o objetivo de negociar uma saída para a instalação da comissão parlamentar de inquérito (CPI) que tem por objetivo investigar o uso de cartões corporativos pelo Poder Executivo.
Tanto no Senado quanto na Câmara há iniciativas para instalação de CPI Para investigar o assunto. No Senado, o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), quer que a CPI seja realizada somente no âmbito da Casa, enquanto, na Câmara, o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) colhe assinaturas para que a comissão seja mista - integrada por parlamentares das duas Casas. O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) também está coletando assinaturas no Senado para a CPI mista.
A idéia de Agripino é de que a comissão seja suprapartidária, já que, segundo argumenta, a "CPI interessa à população brasileira".
- É importante que uma CPI exista para, sem emoção e sem significar confronto entre governo e oposição, interpretar o sentimento da sociedade. E o desejo da sociedade é ver passados a limpo os fatos anunciados - afirmou Agripino, em discurso da tribuna do Senado na última sexta-feira (8).
No discurso, o líder do DEM lembra que o cartão corporativo é um instrumento pago com recursos públicos e entregue em confiança a pessoas para uso no interesse público.
- Compra em free shop é de interesse público? Tapioca é de interesse público? Feira do Paraguai vende alguma coisa de interesse público? Academia de ginástica supõe-se ser de interesse público? - questionou Agripino, com base em denúncias do mau uso dos cartões corporativos.
Segundo a assessoria de imprensa de Agripino, o horário da reunião, prevista para esta segunda-feira, depende apenas da chegada, em Brasília, de todos os líderes partidários.