Agência Câmara
BRASÍLIA - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Escutas Telefônicas Clandestinas ouve nesta quarta-feira o detetive particular Eloy Lacerda, preso na Operação Ferreiro, da Polícia Federal. A operação revelou um esquema de grampos ilegais realizados por uma quadrilha que usava o escritório do detetive particular como fachada. A reunião será realizada às 14h30.
O deputado Nelson Pellegrino (PT-BA), que propôs a audiência, afirma que Eloy Ferreira cobrava R$ 3 mil para fazer varredura em linhas telefônicas, para detectar se a pessoa era alvo de investigação policial. Além disso, 'por R$ 15 mil, o cliente poderia obter escutas telefônicas ilegais em telefones fixos e celulares de qualquer pessoa por 15 dias', acrescenta Pellegrino, que é o relator da CPI.
Depois da audiência com o detetive, os deputados votarão os requerimentos de novos depoimentos, entre eles o do advogado e ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh e o do diretor-geral afastado da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Paulo Lacerda.