Agência Senado
BRASÍLIA - A carência de estrutura técnica e de planejamento em engenharia pública no país tem comprometido o cumprimento do calendário de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A afirmação é do presidente do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), Marcos Túlio Melo. Ele participa do 12º Simpósio Nacional de Auditoria de Obras Públicas, realizado nesta terça-feira (4) no Auditório Petrônio Portela, no Senado.
Conforme explicou Melo, a redução de investimentos públicos nos últimos 30 anos causou a desmontagem das estruturas e equipes técnicas responsáveis pelo acompanhamento, pelo controle e pela fiscalização dos empreendimentos públicos nos municípios e nos estados. Com isso, afirmou, as administrações públicas perderam os profissionais necessários para a implementação das obras previstas no PAC.
- É necessária a reestruturação técnica do Estado, da engenharia pública. Perdemos a cultura técnica de planejamento. Deixamos de ter as carteiras de projeto técnico básico, em nível municipal e estadual - observou ele.
Em sua apresentação, o presidente do Confea destacou as potencialidades do conjunto de conselhos regionais para ampliar a fiscalização de profissionais que atuam na implementação de obras públicas. No evento, que visa debater as formas de controle das obras realizadas pelo governo, Melo defendeu o estreitamento de parcerias entre os conselhos profissionais de engenharia e arquitetura e os órgãos de controle e fiscalização dos empreendimentos públicos.