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SÃO PAULO - A Polícia Federal (PF) realizou durante o dia buscas no Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal para apurar o vazamento de dados da Operação Satiagraha. Segundo a PF, não serão divulgadas informações sobre a ação pois o processo que apura o vazamento de informações corre sob segredo de Justiça.
A operação, iniciada em julho, apurou suspeitas de crimes financeiros e combateu um suposto esquema de desvio de dinheiro público, corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Chegaram a ser presas 17 pessoas, incluindo o banqueiro Daniel Dantas, o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta e o empresário Naji Nahas.
A defesa de Dantas quer a anulação do processo com a denúncia de que o juiz Fausto de Sanctis, que julga o processo, participou das investigações. O advogado Nélio Machado acusa ainda a Agência Brasileira de Inteligência de participação espúria na operação.
Em Brasília, foram cumpridos madados de buscas e apreensão na residência do delegado Protógenes Queiroz, que comandou a Satiagraha. Todas as buscas foram cumpridas visando o inqúerito da Corregedoria da PF, que apura excessos que teriam sido cometidos pelo delegado como vazamento de dados sigilosos, antes e no decorrer da operação.
De acordo com a PF, as buscas realizadas não têm qualquer relação com representações feitas por senadores. Há cerca de quatro meses, o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) entrou com um pedido para que se apurasse a divulgação irregular de dados da Satiagraha depois que foi apontado pela PF como suposto integrante de uma "organização criminosa" chefiada por Dantas.