Agência Brasil
BRASÍLIA - A Polícia Federal apresentou nesta tarde o balanço final das investigações do furto de R$ 164 milhões do Banco Central de Fortaleza (CE), em agosto de 2005, considerado o maior da história do país e o segundo maior do mundo. Segundo a PF, foram apreendidos R$ 20 milhões em dinheiro nas buscas. O delegado responsável pela operação, Antonio Celso, afirmou que nenhuma outra ação conseguiu recuperar quantia tão grande de dinheiro em espécie.
A operação apreendeu ainda cerca de R$ 30 milhões em bens. A PF informou que 122 suspeitos de envolvimento foram presos. Os agentes identificaram 36 participantes diretos no furto - 29 estão presos, quatro morreram e três estão foragidos.
As investigações do caso foram encerradas pela PF no dia 13 de novembro, com a prisão de Antonio Argeu, no aeroporto de Fortaleza, após retornar de uma viagem a Brasília. Ele é ex-prefeito do município de Boa Viagem (CE) e teria financiado parte do dinheiro utilizado para escavar o túnel usado durante do roubo. Argeu teria dado ao grupo R$ 100 mil.
A ação da PF impediu ainda assaltos nas cidades de Porto Alegre (RS), Maceió (AL) e Assunção, capital do Paraguai, no ano de 2006. Na capital gaúcha, a polícia descobriu um túnel que ligaria um prédio abandonado a uma agência do Banrisul e outra da Caixa Econômica Federal.
Em Maceió, um túnel foi localizado no bairro do Farol, que serviria para roubar uma agência da Caixa Econômica Federal. Um outro túnel começou a ser cavado em Assunção, no Paraguai, para roubar uma agência do banco ABN.