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SÃO PAULO - O advogado Roberto Podval, que cuida da defesa de Denise Abreu, ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil, Anac, diz que está perplexo com o anúncio feito nesta quarta-feira pelo delegado Antonio Carlos Barbosa, hoje delegado do 15º Distrito Policial e que fez questão de, embora transferido, se manter responsável pelo inquérito que apura o acidente ocorrido com o avião da TAM em julho do ano passado, em São Paulo. Ele indiciou dez pessoas. Entre os nomes, foi listado o de Denise Abreu.
- É um absurdo e muito estranho que o delegado tenha anunciado dessa forma para a imprensa uma lista, antes mesmo de as pessoas serem chamadas para serem indiciadas. A autoridade policial não pode se pautar pela opinião pública. A forma deveria ser técnica. Não pirotécnica -afirma Podval.
O criminalista adianta que serão tomadas todas as medidas judiciais para evitar 'essa clara injustiça e absurdo jurídico'. - Não há qualquer nexo ou ligação possível de causa e efeito entre o trágico acidente e a atuação de Denise Abreu no colegiado de cinco diretores que dirigia a Anac, sob o comando do presidente Milton Zuanazzi - afirma.
Roberto Podval lembra que todos os fatos técnicos levantados até agora, de forma séria, ressaltam que o acidente não teria ocorrido se os manetes do avião estivessem na posição correta . Como Denise Abreu poderia interferir na pilotagem do avião? indaga.