Agência Câmara
BRASÍLIA - A coordenadora da organização não governamental Criola, Lúcia Xavier, afirmou que o Brasil é um bom exemplo na criação de políticas para eliminar o racismo, mas ressaltou que ainda falta colocar em prática as ações sobre o tema. - Temos a honra de ter uma Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, mas não temos como provar que essas políticas tiveram um efeito contra o racismo. Os efeitos dessas políticas ainda não fazem parte da vida das pessoas - disse a coordenadora. Ela participa de audiência pública para debater a atuação brasileira na Conferência Mundial da ONU contra o Racismo - Durban 2, que ocorrerá neste mês em Genebra (Suíça).
A coordenadora defendeu a criação de cotas nas universidades e declarou que esse tipo de iniciativa não é uma forma de tratamento diferenciado à população negra. - Pelo contrário, fomos tratados com diferença ao longo da História deste país - disse. Para Lúcia Xavier, a ação contra o racismo representa a instauração do Estado democrático de direito.
Na audiência, a relatora da Conferência Mundial contra o Racismo (Durban 2001) e representante da Coordenadoria da Mulher e da Igualdade Racial, Edna Roland, lembrou que todos os países precisam enfrentar o racismo, que é um fenômeno global.