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Portuários de todo o país param atividades por duas horas

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JB Online

RIO - Os portuários de todo o país vão paralisar hoje, por duas horas, a operação de carga e descarga de containeres nos navios atracados nos terminais administrados pela Libra. O protesto é em apoio aos três mil trabalhadores avulsos do Rio de Janeiro que correm o risco de ficar desempregados.

A paralisação deve atingir 22 dos 42 portos do Brasil. A suspensão temporária das atividades nos terminais da Libra deverá provocar um prejuízo de cerca de R$ 800 mil.

O protesto contra a Libra foi aprovado em assembleia realizada ontem no Rio de Janeiro. O presidente da Federação Nacional dos Estivadores, Wilton Ferreira Barreto, diz que a paralisação é uma forma de pressionar a empresa a retomar a requisição de trabalhadores avulsos no Terminal Um do porto do Rio. Segundo ele, com essa atitude, a Libra está passando por cima dos artigos 26,29 e 56 da Lei 8.630 que determina que as empresas arrendatárias de terminais públicos são obrigadas a requisitar estivadores avulsos no sistema de turnos(equipes de trabalho). Wilton Barreto diz, ainda, que com a paralisação os portuários esperam reabrir as negociações salariais nos demais estados da federação, onde estão ocorrendo conflitos.

O protesto acontece no mesmo dia em que o Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro retoma o julgamento do mandado de segurança impetrado pelo Sindicato dos Estivadores e Trabalhadores em Estiva de Minérios do Rio de Janeiro(SETEMRJ) contra o juiz da 41ª Vara do Trabalho, que cassou a liminar que impedia a Libra de só trabalhar com estivadores com vínculo empregatício. Durante o julgamento, os trabalhadores avulsos farão protesto em frente ao prédio do TRT, no Centro.

Há cinco meses, o SETEMRJ vem lutando para recolocar no mercado de os estivadores avulsos que foram afastados das atividades pela Libra. De acordo o sindicato as contratações feitas pela empresa não obedecem às regras legais, já que os trabalhadores são submetidos à jornada extraordinária e ao cansaço excessivo, colocando em risco a segurança das operações portuárias.A entidade denuncia, ainda, que a Libra tem utilizado empregados que não são estivadores para realização das atividades ligadas à profissão.