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Presidente da Assembleia aceita pedido de CPI contra Yeda

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Portal Terra

PORTAL TERRA - O presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Ivar Pavan (PT), aceitou o pedido de instalação Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar supostos atos de corrupção no governo do Estado. A CPI funcionará por 120 dias.

O pedido de CPI foi protocolado em 6 de agosto, um dia depois de o Ministério Público Federal (MPF) ajuizar uma ação de improbidade administrativa contra a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB) e mais oito pessoas. Os procuradores pediram o afastamento temporário dos agentes públicos de seus cargos enquanto durar o processo, mas o pedido foi negado pela Justiça Federal.

O requerimento com o pedido de CPI foi assinado por 39 parlamentares e deve ser publicado no Diário da Assembleia Legislativa na próxima segunda-feira. A partir daí, haverá prazo de cinco dias consecutivos para que as bancadas passem a indicar os nomes que vão compor a comissão.

A CPI será composta por dois parlamentares do PT, PMDB, PP e PSDB e terá um representante do PDT, PTB, DEM e PPS. Após a indicação dos nomes dos parlamentares, haverá prazo de três dias para que a CPI seja instalada.

O processo contra Yeda é resultante da Operação Rodin, que apura o desvio de verbas envolvendo o Detran-RS, a Universidade Federal de Santa Maria e fundações de apoio. Eles foram denunciados por enriquecimento ilícito e dano ao erário. A ação foi ajuizada na 3ª Vara federal de Santa Maria, município na região central do Estado.

Investigações

O governo de Yeda tem sido alvo de acusações desde a Operação Rodin, da Polícia Federal, que investigou o suposto esquema envolvendo fraudes em contratos de prestação de serviços da Fundação de Apoio à Tecnologia e Ciência (Fatec) e Fundação para o Desenvolvimento e Aperfeiçoamento da Educação e da Cultura (Fundae) para o Detran, e que causou o desvio de aproximadamente R$ 44 milhões dos cofres públicos, segundo o Ministério Público.

A situação ficou mais complicada depois que a revista Veja divulgou gravações mostrando conversas entre Marcelo Cavalcante, ex-assessor da governadora, e o empresário Lair Ferst, um dos coordenadores da campanha de Yeda e réu na Operação Rodin. O áudio indicaria o uso de caixa dois na campanha de Yeda para o governo do Estado.