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BRASÍLIA - O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) contestou em nota enviada à imprensa na manhã desta terça-feira as informações publicadas pelos jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo sobre o relatório que investiga as causas que contribuíram para o acidente com o Airbus A320 da TAM, que deixou 199 mortos no dia 17 de julho de 2007. O órgão estatal afirma que a investigação do acidente "ainda não foi concluída" e que o "uso descontextualizado das informações pode causar impactos negativos para a segurança nos voos".
O Cenipa afirmou que acontece uma reunião com todos os membros da comissão na sede do órgão, em Brasília (DF), incluindo representantes dos Estados Unidos e da Europa.
Na nota, o Comando da Aeronáutica também aponta "o compromisso de, ao concluir o relatório final, primeiramente apresentá-lo aos familiares" para depois apresentá-lo à sociedade através da imprensa.
Segundo matéria publicada pelo Estado, entre os fatores que levaram ao acidente estão a posição errada dos manetes, as falhas no sistema de alerta do avião, na supervisão gerencial e na regulação de órgãos estatais.
O relatório, segundo o jornal, aponta para que os manetes estavam em frenagem e em aceleração ao mesmo tempo. A maior probabilidade é de falha dos pilotos, pois segundo o relatório citado pelo jornal, é "elevada a improbabilidade estatística de falha no sistema de acionamento dos manetes".
Já segundo informações da Folha de S.Paulo, o relatório da Aeronáutica aponta como fator decisivo a imposição incorreta do manete, mas não conclui se o motivo para esse erro foi humano ou falha do equipamento. Contudo, o jornal afirma que, por convenção internacional, esse relatório não pode apontar culpados - essa tarefa é da Polícia Federal (PF) -, pois serve para prevenir novos acidentes.