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Médico condenado a 278 anos de prisão pode ter saído do país

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A polícia de São Paulo acredita que o ex-médico Roger Abdelmassih, condenado a 278 anos de prisão por ter cometidos crimes sexuais contra pacientes de sua clínica de reprodução, pode ter ido para o Líbano, usando um passaporte falso. As informações foram divulgadas no jornal Folha de São Paulo deste domingo.

As investigações contra Abdelmassih começaram em 2008, quando ex-pacientes procuraram um grupo especial do Ministério Público para denunciar o médico por crimes sexuais. A maior parte das mulheres tem idades entre 30 e 45 anos e são de vários Estados do País.

Abdelmassih chegou a ficar preso de 17 de agosto a 24 de dezembro de 2009. Na ocasião, o então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, concedeu ao médico o direito de responder o processo em liberdade.

Mais de 200 pessoas foram ouvidas no processo. Entre elas, há 130 testemunhas de defesa e 35 mulheres que dizem ter sido atacadas dentro da clínica do médico. Algumas afirmam que sofreram mais de um abuso sexual.