Para tentar separar quem está vivo de quem está morto em sua lista de procurados, a Polícia Civil de São Paulo está fazendo uma espécie de auditoria nos mandados de prisão, de acordo com o jornal Folha de São Paulo desta segunda. A Divisão de Capturas da polícia já achou mais de 2.700 mortos e cerca de 3.000 "prescritos" na lista dos 152 mil procurados do Estado.
A publicação cita o exemplo do médico Emílio Conti, 104 anos, que consta como procurado da Justiça no banco de dados da polícia. Existem dois mandados de prisão contra ele e, em tese, todos os policiais civis e militares paulistas têm ordem judicial para procurá-lo e prendê-lo. Segundo o jornal, Conti morreu em 30 de abril de 1968, aos 61 anos, mas continua vivo para os policiais em razão do falho e desatualizado sistema de informações judiciais de procurados.